As cavalhadas,
eram corridas de cavalos, onde se apresentavam no local designado para
as disputas, com vestimentas de gala e à moda antiga.
Nos tempos mais recentes, o trajo antigo desapareceu, para dar
lugar a outro mais simples constituído por, calça preta com lista
vermelha, jaqueta preta curta, camisa branca bordada no peito, cinta
encarnada, um chapéu preto de abas largas, preso com uma fita por baixo
do queixo, para o segurar bem durante a corrida. Completa a vestimenta,
um lenço encarnado à volta do pescoço, atado nas pontas para não
cair.
Outrora, no local do certame, apresentava-se o cavaleiro em
trajes vistosos no seu garboso cavalo, acompanhado por um pagem, também
vestido de gala, embora de modo diferente e a pé, segurando o cavalo
pelas rédeas ou freio.
Estes torneios, eram feitos com o fim de mostrarem a destreza dos
melhores cavaleiros das redondezas. Corriam dois a dois, a par, em alta
velocidade para uma meta.
Vindos a correr nos seus cavalos, tinham de espetar uma lança
num frango ou galinha vivos, os quais estavam dependurados numa corda
atada a dois paus, distanciados um do outro de 5 a 6 metros.
Com o andar dos tempos, este costume, considerado demasiado
bárbaro, foi desaparecendo e substituído por outro menos chocante. Em
vez dos animais vivos, é colocada uma argola que constitui o alvo e
desafio à perícia do cavaleiro, pois se este, vindo a correr, não
enfiar a lança na argola, fica desclassificado e desfeiteado perante o
povo, que muito gosta desta manifestação.
Como recompensa do êxito, o vencedor recebe uma grande salva de
palmas e um animal vivo(galinha, frango, etc,...).
Actualmente, esta actividade ainda é mantida numa ou outra
localidade, mas de um modo muito mais simples. Até há pouco tempo,
ainda se faziam as cavalhadas na freguesia de Gomes Aires.
A aceitação
do povo era tão grande, que a propósito das cavalhada, dizia:
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